Sentei na pequena cadeira de couro
Em que sempre me sento,
Abri o velho bloco de notas
Que sempre abro,
Peguei a mesma esferográfica
Que sempre pego,
E tomei a mesma posição
Que sempre tomo.
Tentei escrever
O que sempre escrevo,
Mas não consegui.
Pensei, então, que
Talvez... só talvez,
A rotina de mesmice que circunda meu escrever,
E a mesma cadeira, esferográfica,
O mesmo bloco e a mesma posição,
Não sejam mais o suficiente.
Quando a pessoa que inspira as letras
A deixar a mente e surgir no papel,
Já não é mais a mesma.
terça-feira, 8 de julho de 2008
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