Tive-lhe por minha desde o nascer.
Quero-lhe bem por longuíssima data.
Protegi-lhe do amor vazio que mata,
E de toda a dor que lhe há de valer.
Deixo-lhe a morte como dei-lhe a vida.
Darei-lhe de volta a tua vil infância
E todo o amor que vem com ser criança,
E todo o chorar que vem com a despedida.
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Página em Branco
Afogado na necessidade pelo metalingüismo,
escrevo esse poema.
Escrevo sobre a falta
de ter sobre o que escrever.
Escrevo sobre o vazio infito
da página em branco.
Definitivamente não escrevo
sobre as palavras que a completam.
Escrevo sobre a folha,
e somente a folha.
Escrevo sobre a complexidade
com que as linhas são dispostas
sem serem escritas.
Sobre a facilidade com que as palavras
Preenchem o branco sem preenchê-lo.
Sim, escrevo sobre a falta do que escrever
E como isso pode ser completo.
Como a falta do que escrever, pode completar o poeta,
Fazendo-o uma pessoa melhor.
Pelo simples, e singelo fato,
Da procura,
Da angústia,
Atrás daquilo que preencherá
a próxima página.
escrevo esse poema.
Escrevo sobre a falta
de ter sobre o que escrever.
Escrevo sobre o vazio infito
da página em branco.
Definitivamente não escrevo
sobre as palavras que a completam.
Escrevo sobre a folha,
e somente a folha.
Escrevo sobre a complexidade
com que as linhas são dispostas
sem serem escritas.
Sobre a facilidade com que as palavras
Preenchem o branco sem preenchê-lo.
Sim, escrevo sobre a falta do que escrever
E como isso pode ser completo.
Como a falta do que escrever, pode completar o poeta,
Fazendo-o uma pessoa melhor.
Pelo simples, e singelo fato,
Da procura,
Da angústia,
Atrás daquilo que preencherá
a próxima página.
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